#145 - Mais uma vez sobre os novinhos (Reflexão)

Caros amigos,

No post de hoje, temos o prazer de compartilhar um texto de um dos nossos leitores que recebei numa das nossas redes sociais. Trata-se de uma observação feita pelo nosso leitor que reafirma a observação que fizemos no post #141, quando falamos a respeito das dificuldades para avançar numa conversa com os candidatos menos experientes, os "novinhos" entre 18 e 35 anos de idade. 

Assim como nós, o leitor teve algumas experiências de diálogo com candidatos a menager do casal que não trouxeram maiores possibilidades de realizar algum encontro intimo. 

Compreenda o ponto de vista no nosso leitor:

Estava saindo com uma mulher recentemente, e nosso fetiche era o típico “ela com outros”. Dentre várias fantasias e fetiches que tentamos realizar (alguns realizados) esteve um que chama a atenção em particular e colabora com o texto que vocês escreveram (aliás muito bom).

Ela viajava, estava em outro Estado, e decidimos fazer pequenos grupinhos no WhatsApp onde estaríamos eu, ela e um terceiro. Entramos em alguns apps voltados à relacionamentos liberais e expomos nossa ideia, choveram candidatos e alguns nós trouxemos para nossa salinha virtual à 3.

A tratativa dos sujeitos com ela eram as piores possíveis, “vaca” foi o termo pelo qual ela foi chamada que mais nos chamou atenção, não por ter nos ofendido, mas sim porque acabou sendo cômico e totalmente brochante.

Mas como acabei de ouvir de um professor de psicologia: “O Brasil é o país mais burro do mundo!” E temo ser verdade.

Como bem salientado no texto, a inclusão digital trouxe todo tipo de gente para a internet, e isso em si não é ruim. Mas quando setorizamos os canais sociais digitais para finalidades específicas observamos esse fenômeno, gente que não faz a mínima ideia de como funciona aquele universo está ali, enchendo o saco, com um péssimo português, com um papo de pedreiro (sem preconceito com a profissão, é só um termo de domínio público), e que só afasta casais que realmente estão em busca de conhecer alguém bacana.

“Comedor” eu mesmo sempre odiei esse termo, comedor todo mundo é, até o corno rs. É realmente uma luta encontrar alguém confiável, educado, limpo e bacana com quem o casal possa sair. Inúmeros casais até desistem.

Sobre q questão dos “novinhos” em si, acho até que o pití do garoto citado no texto foi bem educado, mas concordo com o que foi dito, por vezes traz muito problema.

Lembra do começo do meu comentário, naquela noite que fizemos essa paradinha virtual, o sujeito que a gente mais gostou, que nos tratou com mais educação e respeito, e que mais nos excitou tinha 54 anos.

Atributos físicos por outro lado chamam demais a atenção. Vira tudo um dilema que seria resolvido se as pessoas por aqui, no Brasil de um modo geral, fossem no mínimo alfabetizadas.

Aqui para nós, foi um alívio receber esse texto pois amplia o sentimento de que estamos vendo o mundo pelo ponto de vista correto. É deprimente ver como os mais novos estão cada vez mais pobres do ponto de vista cultural. Eles ainda não perceberam que antes de deitar na cama, é necessário criar um clima de empatia e cumplicidade, sentimentos necessários para uma relação sexual, entre pessoas que não são tão íntimas assim.

Vemos, com muito pesar que o futuro nos reserva um quadro de horrores com pessoas cada vez menos capacitadas para o estabelecimento de uma relação no mínimo, inteligente. Esta "geração saúde" que só cultua o corpo, está cavando uma vala em torno de si e fazendo o maior esforço possível para recheá-la com o que há de mais abjeto na cultura humana.

É uma pena ver um horizonte desses depois de tantos anos de evolução. Sentimos muito, mas não abrimos mão de acreditar que no meio de tanta pobreza cultural, ainda existirão aqueles que farão a diferença.